Esse texto está atrasado, mas como já tinha escrito, resolvi publicar.
Não. Não estive na Ipiranga com a Avenida São João. Mas estive em São Paulo. Fui gravar um material para a conclusão de mestrado do "cumpadre" Luciano.
E aqui cabe o primeiro comentário. O trabalho do Luciano versa basicamente sobre arte e direitos humanos (os interessados, perguntem à ele), e esse tema nos levou a conhece o JAMAC. O Jardim Miriam Arte Clube foi criado por, entre outros, Mônica Nador, artista plástica de muito sucesso na década de oitenta, que agora dedica-se a coordenar e ensinar jovens em condição de risco para trabalhar com arte. O que mais interessa e impressiona, não é propriamente o trabalho, que já é fantástico em si. O que impressiona é que a Mônica nos contou que desde que abandonou o trabalho "acadêmico", seus pares tratam essa nova expressão artística com os jovens como "menor", como "mal-acabada", como "artesanato". Faz tempo que comprendo a arte como forma de expressão. Não necessariamente contestadora ou bela, mas com propósitos inerentes à sua confecção. A expressão artística não pode, nem deve, ficar presa a academia, que via de regra, tem se mostrado bastante preconceituosa. Essa posição "acadêmica" sobre o trabalho da Mônica, simplesmente impede a compreensão de artístas como Alexander Calder, Krajberg e o Leí, apenas para ficar em três. O Leí, santa-mariense, que faleceu prematuramentente, sequer é reconhecido como artista por parte do curso de Artes Visuais da UFSM. Como se a arte necessitasse de um carimbo corroborativo. Enfim. Opiniões.
Esse papo artístico aí de cima, também serve para introduzir algumas experiências fabulosas para quem aprecia arte. Estive mo MASP e na Pinacoteca de São Paulo. Pude ver, bem de pertinho, várias obras de artistas que sempre tive vontade de conhecer. Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Hélio Oiticica, para ficar em alguns brasileiros. Mas a catarse acontece, tanto no MASP, quanto na Pinacoteca, quando as esculturas do Rodin ficam a milímetros do teu rosto, permitindo esquadrinhar cada músculo daquelas esculturas humanas. Impressionante, difícil descrever.
As artes plásticas sempre me fascinaram. Como apreciador, sempre busquei aprender sobre isso, conhecendo velhos e novos artistas. Mas quem me conhece, sabe que a minha praia é a palavra escrita. Escritores, leitura é o que mais me conquista e me convence. O museu da língua portuguesa na estação da luz, merecia uma semana de confinamento exclusico à ele. Um espetáculo. Sem falar no vídeo que é passado numa sala de projeção indescritível, tanto na tecnologia, na arquitetura e na qualidade técnica. Vou levar a Eloá lá. Vou sim.
Não. Não estive na Ipiranga com a Avenida São João. Mas estive em São Paulo. Fui gravar um material para a conclusão de mestrado do "cumpadre" Luciano.
E aqui cabe o primeiro comentário. O trabalho do Luciano versa basicamente sobre arte e direitos humanos (os interessados, perguntem à ele), e esse tema nos levou a conhece o JAMAC. O Jardim Miriam Arte Clube foi criado por, entre outros, Mônica Nador, artista plástica de muito sucesso na década de oitenta, que agora dedica-se a coordenar e ensinar jovens em condição de risco para trabalhar com arte. O que mais interessa e impressiona, não é propriamente o trabalho, que já é fantástico em si. O que impressiona é que a Mônica nos contou que desde que abandonou o trabalho "acadêmico", seus pares tratam essa nova expressão artística com os jovens como "menor", como "mal-acabada", como "artesanato". Faz tempo que comprendo a arte como forma de expressão. Não necessariamente contestadora ou bela, mas com propósitos inerentes à sua confecção. A expressão artística não pode, nem deve, ficar presa a academia, que via de regra, tem se mostrado bastante preconceituosa. Essa posição "acadêmica" sobre o trabalho da Mônica, simplesmente impede a compreensão de artístas como Alexander Calder, Krajberg e o Leí, apenas para ficar em três. O Leí, santa-mariense, que faleceu prematuramentente, sequer é reconhecido como artista por parte do curso de Artes Visuais da UFSM. Como se a arte necessitasse de um carimbo corroborativo. Enfim. Opiniões.
Esse papo artístico aí de cima, também serve para introduzir algumas experiências fabulosas para quem aprecia arte. Estive mo MASP e na Pinacoteca de São Paulo. Pude ver, bem de pertinho, várias obras de artistas que sempre tive vontade de conhecer. Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Hélio Oiticica, para ficar em alguns brasileiros. Mas a catarse acontece, tanto no MASP, quanto na Pinacoteca, quando as esculturas do Rodin ficam a milímetros do teu rosto, permitindo esquadrinhar cada músculo daquelas esculturas humanas. Impressionante, difícil descrever.
As artes plásticas sempre me fascinaram. Como apreciador, sempre busquei aprender sobre isso, conhecendo velhos e novos artistas. Mas quem me conhece, sabe que a minha praia é a palavra escrita. Escritores, leitura é o que mais me conquista e me convence. O museu da língua portuguesa na estação da luz, merecia uma semana de confinamento exclusico à ele. Um espetáculo. Sem falar no vídeo que é passado numa sala de projeção indescritível, tanto na tecnologia, na arquitetura e na qualidade técnica. Vou levar a Eloá lá. Vou sim.