quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Não tem preço

Tem dois anos que pedi exoneração da Prefeitura de Santa Maria, onde ocupava um cargo em comissão. Tinha que cumprir tarefas com incumbências superiores ao meu salário. Embora as vezes incomodado com isto, aceitei a tarefa por ter responsabilidade partidária (até então) e pela minha cidade (acreditem, torço sempre por Santa Maria). Diga-se de passagem, se fosse pela minha mãe, eu não teria aceitado.
Bueno, quando pedi para sair, muitos colegas da prefeitura não acreditavam que alguém pudesse abandonar um emprego "desses" com tanto desprendimento. Inclusive, vários desses "companheiros" insinuavam que eu havia sido exonerado por não ter feito campanha.
Aqui cabe um aparte: faço campanha desde piá para o MDB (embora saiba que os dias mudaram, tenho orgulho em dizer que faço parte de uma família que sempre lutou pela democracia, não tenho nenhum parente próximo que tenha sido da ARENA), sou filiado ao PT desde 1987. Ajudei em todas as campanhas daí em diante, financeiramente inclusive. Dentro das minhas possibilidades, é claro. Poderia citar uma a uma, mas não é a intenção desse post e correria o risco de alguns leitores não lembrarem de todas, até porque estavam em outros partidos.
Imagino que esses "companheiros" não sabem que exista vida fora da prefeitura, fico preocupado quando acabar o mandato e esse CCs não encontrem mais o que fazer, e causem um aumento na taxa de desemprego da cidade. Felizmente, eu tenho profissão, não preciso nem dizer qual é porque quem me conhece, conhece meu trabalho. Isso tem nome: reconhecimento. Sei que tem melhores que eu, mas tem piores também.
Tem um poema do Shakeaspeare que conta a história de uma passarinho preso em uma gaiola que recebia alpiste todo dia. Certo dia, a porta da gaiola abriu e ele ficou em dúvida se saia. Afinal não é facil arrumar comida em um mundo tão grande. Teria que voar muito, todos os dias, atrás da sua alimentação. Ele saiu da gaiola. Tinha um motivo muito forte. Apesar do alpiste todo dia, não há nada como a liberdade. E se tinha que voar mais para comer, não tem problema. Afinal com liberdade e ele conheceria muito mais e abriria novos horizontes.
Luciano, Gerri, Kalu, Fran, Dai. Não tem preço. Lealdade não tem preço. Tenho orgulho de ser amigo de vocês.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Para 2008:

Dadas as mudanças ocorridas no ano de 2007, encontro necessidade de estabelecer algumas considerações sobre as minhas atitudes para com o mundo neste ano que começa:

1) Cuidar de mim e dos que se importam comigo;
2) Não acreditar em ninguém que conjugue na primeira pessoa do singular o verbo fazer (especialmente políticos);
3) Dedicar-me somente, e tão somente, aos velhos e bons amigos. Ter muito cuidado com aqueles que se aproximam em alguns momentos;
4) Jamais esquecer que a política não faz amigos;
5) Não perdoar os traidores;
6) Continuar defendendo a minha cidade;
7) Manter a opção por aqueles que pouca chance tiveram e/ou tem;
8) Não ser mais sempre o último a receber;
9) Fazer da PAZ referência em programas de conteúdo;
10) E finalmente, de uma vez por todas aprender inglês e After Effects.

Em que pese as variantes e desdobramentos de cada resolução, basicamente é isso.