Tem sido reicidente para mim o tal do tema "O socialismo que queremos". Participei do 3º Congresso do PT e um dos pontos de pauta era esse. Neste último final de semana participei de uma conversa etílica sobre o mesmo assunto, onde reafirmei uma opinião simples: o tal de socialismo, em sua gênese, não é nem democrático, nem republicano. Ponto. E não me venham com invenções tipo "socialismo petista", "não era o socialismo que queríamos", "o nosso é diferente" etc. Essa absurda compreensão apenas impede uma verdadeira revolução de idéias e ideais. Sem republicanismo e sem democracia (o que de certa forma já e redundante) não podemos conviver.E para terminar o Barão de Itararé me ajuda com a seguinte frase:
"O capitalismo é a exploração do homem pelo homem, o socialismo é o contrário."
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Prioridades
Embora seja lugar comum, a vida é um intrincado de relações, onde cada indivíduo estabelece suas preferências e prioridades. Num complexo emaranhado de teias cada sujeito elege para si e para seus negócios as questões mais preementes e prazeirosas.
Quandos alguns indivíduos juntam-se para fazer qualquer coisa, desde o simples ato de beber uma cerveja até grandes questões de negócios, essa subjetiva prioridade aparece e estabelece as relações. Nem sempre as prioridades se encontram (o que é absolutamente normal, senão óbvio) fazendo com que questões mais pertinentes para uns tornem-se indiferentes para outros. Capazes são aqueles que conseguem equacionar essa difícil matemática. Estou me esforçando.
Quandos alguns indivíduos juntam-se para fazer qualquer coisa, desde o simples ato de beber uma cerveja até grandes questões de negócios, essa subjetiva prioridade aparece e estabelece as relações. Nem sempre as prioridades se encontram (o que é absolutamente normal, senão óbvio) fazendo com que questões mais pertinentes para uns tornem-se indiferentes para outros. Capazes são aqueles que conseguem equacionar essa difícil matemática. Estou me esforçando.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
Ricardo Reis
Fernando Pessoa (alguém já disse o maior poeta da língua portuguesa) tratava de temas mais "polêmicos" através de seus heterônimos. Ricardo Reis era o mais ácido de todos, meu preferido, tanto na forma como no conteúdo. Tirem suas próprias conclusões.
"Não a ti
Não a Ti, Cristo, odeio ou te não quero.
Em ti como nos outros creio deuses mais velhos.
Só te tenho por não mais nem menos
Do que eles, mas mais novo apenas.
Odeio-os sim, e a esses com calma aborreço,
Que te querem acima dos outros teus iguais deuses.
Quero-te onde tu stás, nem mais alto
Nem mais baixo que eles, tu apenas.
Deus triste, preciso talvez porque nenhum havia
Como tu, um a mais no Panteão e no culto,
Nada mais, nem mais alto nem mais puro
Porque para tudo havia deuses, menos tu.
Cura tu, idólatra exclusivo de Cristo, que a vida
É múltipla e todos os dias são diferentes dos outros,
E só sendo múltiplos como eles
'Staremos com a verdade e sós."
Ricardo Reis
E tem gente que ainda fala em pluralidade com um biblia embaixo do braço...
"Não a ti
Não a Ti, Cristo, odeio ou te não quero.
Em ti como nos outros creio deuses mais velhos.
Só te tenho por não mais nem menos
Do que eles, mas mais novo apenas.
Odeio-os sim, e a esses com calma aborreço,
Que te querem acima dos outros teus iguais deuses.
Quero-te onde tu stás, nem mais alto
Nem mais baixo que eles, tu apenas.
Deus triste, preciso talvez porque nenhum havia
Como tu, um a mais no Panteão e no culto,
Nada mais, nem mais alto nem mais puro
Porque para tudo havia deuses, menos tu.
Cura tu, idólatra exclusivo de Cristo, que a vida
É múltipla e todos os dias são diferentes dos outros,
E só sendo múltiplos como eles
'Staremos com a verdade e sós."
Ricardo Reis
E tem gente que ainda fala em pluralidade com um biblia embaixo do braço...
Polêmica
Não. Não é o avião da TAM a maior polêmica do Brasil neste momento. É o corte do maior levantador do mundo pelo técnico Bernardinho.
Ricardinho deu provas objetivas durante a Liga Mundial que não existe nenhum jogador da mesma posição que jogue melhor que ele. Isso é inegável. Mas tem um detalhe também inegável: voleibol se joga com seis, não!, com doze jogadores. Todos organizados por um técnico. E no caso da seleção brasileira, organizada pelo técnico mais vitorioso que já se conheceu. Bernardinho já ganhou tudo que é possível ganhar no volei; Ricardinho está em começo de carreira. Ricardinho pode tornar-se uma grande referência internacional, mas precisa aprender que não se brinca com um técnico que acredita piamente no coletivo, na equipe. Ninguém, vejam bem, ninguém!, vai escalar a seleçao de vôlei além do Bernardinho.
Bernardinho, tenho certeza, tem ascedência espartana, a mesma do Felipão. Quem manda é ele, e o Ricardinho que fique em casa "chorando as pitangas".
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Hegemonias e hegemônicos
Reza a lenda marxista que Gramsci "inventou" o seu conceito de hegemonia enquanto desfrutava de um dos períodos de reclusão forçada em alguma prisão italiana. É por demais evidente que ninguém "inventa" hegemonia, e o conceito do renomado teórico marxista foi fruto de sua construção dialética-histórica (só para aproveitar que estamos falando de marxismo).
Essa introdução pseudo-intelectual é só para tripudiar (e não errei o verbete) dos companheiros petistas da chamada tese Mensagem (DS, Amplo, ED) que formularam uma maioria falsa no Terceiro Congresso do PT. As históricas divergências entre essas correntes petistas evidenciaram-se sobremaneira no decorrer do Congresso; ao cúmulo de não entenderem-se no voto da resolução que versava contra o aceite de qualquer recurso financeiro para campanhas advindo de empresas "trangênicas".
Aproveitando o Gramsci lá de cima, lembro que o italiano nos ensinou que hegemonia não se conquista com maioria numérica e sim com qualidade política e ideológica. Sugiro, humildemente, aos companheiros que dêem uma relida no referido teórico.
Essa introdução pseudo-intelectual é só para tripudiar (e não errei o verbete) dos companheiros petistas da chamada tese Mensagem (DS, Amplo, ED) que formularam uma maioria falsa no Terceiro Congresso do PT. As históricas divergências entre essas correntes petistas evidenciaram-se sobremaneira no decorrer do Congresso; ao cúmulo de não entenderem-se no voto da resolução que versava contra o aceite de qualquer recurso financeiro para campanhas advindo de empresas "trangênicas".
Aproveitando o Gramsci lá de cima, lembro que o italiano nos ensinou que hegemonia não se conquista com maioria numérica e sim com qualidade política e ideológica. Sugiro, humildemente, aos companheiros que dêem uma relida no referido teórico.
sexta-feira, 20 de julho de 2007
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Não deveria...
Eu não deveria. Já devia estar acostumado. A estupidez humana demonstra-se em grandes e em pequenos gestos. Gestos do tamanho de uma bomba atômica e gestos que utiliza outrem para conseguir seu objetivos.
Mais uma vez o magistério municipal repete a brilhante idéia de boicotar as ações do executivo municipal. Vejam bem: qualquer ação. Esse boicote significa simplesmente impedir que seus alunos tenham acesso as opções oferecidas pelas mais diversas secretarias do município. É impressionante. Reinvindica-se, o que é justo, com a perda dos outros, o que injusto. Uma criança não tem duas chances de aprender em um mesmo tempo. Tudo o que deixar de ver e aprender em função desta decisão dos professores, está perdido para sempre. Um tempo perdido.
Sou filho de professora, sei muito bem as dificuldades do magistério. Minha mãe nunca deixou de reivindicar, nunca foi "pelega", mas nunca, nunca mesmo, permitiu que um só aluno seu perdesse qualquer oportunidade de aprendizado, por menor que parecesse.
Sei que essa estupidez não é compartilhada pela maioria dos professores municipais. Os que não concordam, pelo bem da educação, insurjam-se contra seu sindicato e modifiquem essa resolução.
Mais uma vez o magistério municipal repete a brilhante idéia de boicotar as ações do executivo municipal. Vejam bem: qualquer ação. Esse boicote significa simplesmente impedir que seus alunos tenham acesso as opções oferecidas pelas mais diversas secretarias do município. É impressionante. Reinvindica-se, o que é justo, com a perda dos outros, o que injusto. Uma criança não tem duas chances de aprender em um mesmo tempo. Tudo o que deixar de ver e aprender em função desta decisão dos professores, está perdido para sempre. Um tempo perdido.
Sou filho de professora, sei muito bem as dificuldades do magistério. Minha mãe nunca deixou de reivindicar, nunca foi "pelega", mas nunca, nunca mesmo, permitiu que um só aluno seu perdesse qualquer oportunidade de aprendizado, por menor que parecesse.
Sei que essa estupidez não é compartilhada pela maioria dos professores municipais. Os que não concordam, pelo bem da educação, insurjam-se contra seu sindicato e modifiquem essa resolução.
quarta-feira, 18 de julho de 2007
Cuidado e caldo de galinha não fazem mal a ninguém
A ilustração do post abaixo, necessita de um crédito especial. É um fragmento de um desenho de uma artista plástica competentíssima. Muito embora não mostre seus desenho para muita gente, em agosto terá uma exposição individual. Juliana Vinadé tem um talento impressionante, e quem diz não sou só eu. O Casanova e o Amoreti também acham.
De quando em vez, um Fernando Pessoa. O maior poeta da língua portuguesa.
Ele e seus heterônimos
"É boa ! Se fossem malmequeres !
É boa ! Se fossem malmequeres !
E é uma papoula
Sozinha, com esse ar de "queres?"
Veludo da natureza tola.
Coitada !
Por ela
Saí da marcha pela estrada.
Não a ponho na lapela.
Oscila ao leve vento, muito
Encarnada a arroxear.
Deixei no chão o meu intuito.
Caminharei sem regressar."
Ele e seus heterônimos
"É boa ! Se fossem malmequeres !
É boa ! Se fossem malmequeres !
E é uma papoula
Sozinha, com esse ar de "queres?"
Veludo da natureza tola.
Coitada !
Por ela
Saí da marcha pela estrada.
Não a ponho na lapela.
Oscila ao leve vento, muito
Encarnada a arroxear.
Deixei no chão o meu intuito.
Caminharei sem regressar."
Um começo
Apesar da Juliana ter criticado veementemente minha iniciativa de blog, cá está ele. Pretendia sair postando alguns textos mais opinativos, mas o acidente aéreo diminuiu minha vontade. Mañana ou mais tarde começo de verdade.
terça-feira, 17 de julho de 2007
Pois é...
Rendi-me... Rendi-me ao texto virtual, as façanhas internéticas e as necessidades humanas de expressão. Para acalmar meus pares, editarei os melhores posts em um livro de 1000 páginas com edições trilíngues com odes e loas ao texto impresso. Mas isso é para o futuro. Como os leitores deste espaço serão meus amigos (que são poucos) e meus inimigos (que já são mais), os temas tratados serão de uma anarquia libertária completa. Assim seja.
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