segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O Vermelho e o Negro - Da série "Livros que eu li"

Não é segredo que sou um apaixonado por literatura. Devoro livros diariamente. Tem uma expressão do Erico Veríssimo que versa mais ou menos o seguinte: Como o nosso tempo de vida é limitado, podemos roubar experiências e sensações daqueles que escreveram literatura.
Não consigo entender quem não lê. De certa forma, parecem-me pessoas incompletas.
Pois bem, esse livro do Sthendal conta a história do filho de um carpinteiro que tem grandes ambições. Sonha com o exército de Napoleão, mas quando o Imperador cai, vê-se obrigado a abraçar a batina. Na época, fora o exército, era a única forma de ascender socialmente. Sorel, esse é seu nome, passa a ser professor particular, ou preceptor, de jovens da burguesia e da aristocracia francesa. Sorel é um hipócrita, tanto na política, como nas relações amorosas.
Para quem não sabe, esse livro é o marco do começo do Realismo, escola que vê o mundo com uma aguçada análise psicológica dos personagens, e não poupa o idealismo, antes reinante, com uma perspicaz análise das motivações das ações humanas na sociedade. Nesses tempos bicudos, onde idealismo não vale muita coisa, é uma bela leitura.

Um comentário:

Quem escreve disse...

Hj, eu e a Emília, conversávamos sobre "idealismos"...
que valor realmente há quem tem ideal nos dias de hj???
uma boa pergunta para uma segunda-feira!