Não raro dividimos as pessoas em duas partes. Esquerda/direita, gremistas/colorados, contra/ a favor etc. Essa visão dicotômica é absolutamente inerente ao ser humano; uma necessidade de posicionamento, até mesmo de sobrevivência (o que diga o Duas-Caras). Mas essas divisões sempre me pareceram tênues (menos o Imortal Tricolor), divisões subjetivas e inconsequentes, válidas apenas para demarcar uma posição imediata (ressalva anterior). Na prática, sabemos que o dia-a-dia é uma sucessão de pequenas decisões com infinitas possibilidades. Essas podem nos levar as mais diversas consequências, que nos darão novas infinitas possibilidades e assim ad infinitum. Mas não é sobre a minha repulsa ao conceito de destino que eu quero falar. É sobre a simples dualidade do ser.
Numa conversa etílica com dois amigos, o Beto São Pedro e o Luciano Ribas (não por acaso tio e sobrinho) chegamos a conclusão que a principal e talvez a única divisão dualista que realmente vale a pena é a dos que choram e os que não choram. Dos que são capazes de emocionar-se com um filme, com uma música, com uma atitude; e dos que passam a vida vendo-a pela TV e, no máximo, vampirizando emoções dos outros.
Claro, nós somos dos que choram. Choramos com a deslealdade, com a traição, com a maldade, com o desperdício de vidas e também dos que desperdiçam suas almas no mais puro egoísmo. Choramos. Com orgulho.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
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4 comentários:
Me inclua nos que choram...
mas nos que choram e logo, logo, secam as lágrimas e seguem em frente...
Afinal, nada como um Ponto, ops, dia depois do outro...
:D
me inclua no grupo dos que choram, também.
Porém, acrescento mais um grupo de classificação: os que guerriam e os que deixam as coisas como estão.
eu sou do grupo que chora e depois declara guerra!
me inclua no grupo dos que choram, também.
Porém, acrescento mais um grupo de classificação: os que guerriam e os que deixam as coisas como estão.
eu sou do grupo que chora e depois declara guerra!
"eu levo minha vida chorando pelo mundo... nasci para chorar..."
(música de Raimundo Fagner, Vinil: Manera Fru Fru)
Mauro Castanho
08.08.07
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